quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: LEICESTER


Leicester
Cidade: Leicester

Estádio: King Power Stadium (32.273 pessoas)

Técnico: Claude Puel

Posição em 2017/18: 

Projeção: Meio de tabela

Principais contratações: James Maddison (Norwich), Ricardo Pereira (Porto), Danny Ward (Liverpool), Rachid Ghezzal (Monaco), Jonny Evans (West Brom)

Principais saídas: Riyad Mahrez (Manchester City), Ahmed Musa (Al-Nassr), Ben Hamer (Huddersfield), Robert Huth (sem clube), Aleksandar Dragovic (fim de empréstimo)

O inacreditável título inglês de 2015/16 ficou para trás, e se era necessário algo simbólico para marcar a ruptura, a saída de Riyad Mahrez para o Manchester City cumpre esse papel. Pouco a pouco, outros jogadores da equipe campeã vão sendo substituídos, e o Leicester transita para um estilo de jogo diferente. No processo, a lua de mel com a torcida também chegou ao fim, e a última temporada já foi tomada por vaias e reclamações. O principal alvo foi Claude Puel, contratado no começo da Premier League para substituir Craig Shakespeare, interino de Claudio Ranieri, e efetivo de vida curta.

O francês alcança resultados, mas nem sempre a maneira como chega a eles é muito bonita. No Southampton, havia sido criticado pelas táticas excessivamente defensivas, apesar do oitavo lugar. No Leicester, a história é parecida. A confortável nona colocação deveria ser satisfatória para um clube dos recursos das Raposas, mas houve muitas atuações fracas e sequências desesperadoras, como uma vitória em 12 rodadas a partir de dezembro e um fim de Campeonato Inglês também muito ruim. Houve especulações de que poderia ser substituído, e Marco Silva interessava. Puel acabou ficando, mas começa a temporada pressionado e entre os mais cotados para ser o primeiro técnico demitido da liga inglesa.

E o problema nem está sendo excesso de cautela porque foram 60 gols sofridos na campanha, quinta pior defesa da Premier League. É mais crise de identidade. Puel está tentando transformar o estilo de jogo característico do Leicester, de contra-ataque e aversão à bola, responsável por aquela conquista, em outro um pouco mais diferente. A posse de bola já subiu da casa dos 44% para 48%, e o total de passes médios por partida, de 350 para 400. O processo naturalmente terá percalços, principalmente porque o próprio Puel se identificaria mais com a filosofia antiga do que a nova.

Se a ideia é que o time seja mais criativo, a perda de Mahrez será bastante sentida, mas também era esperada, o que não torna mais fácil a missão de compensar a ausência de um dos melhores meias da Premier League nos últimos anos. O Leicester aposta que o segredo é o sangue argelino: trouxe Rachid Ghezzal, do Monaco, para reforçar o setor. No 4-2-3-1 favorito de Puel, ele pode atuar pela direita, com Marc Albrighton ou o jovem Demarai Gray pela esquerda, e outro reforço pelo meio. James Maddison chegou do Norwich com muita promessa, depois de 14 gols e sete assistências na última Championship.

O clube também tentou costurar a colcha de retalhos que foi a defesa na última temporada. Com as saídas do veterano Robert Huth, outro titular na conquista da Premier League que se foi, e o retorno de Aleksandar Dragovic para o Bayer Leverkusen, o setor passou por uma pequena revolução. O líder é Harry Maguire, que resistiu às abordagens do Manchester United e volta da Copa do Mundo cheio de moral. Jonny Evans foi contratado por apenas £ 3 milhões do West Brom, que meses antes recusou proposta seis vezes maior do Manchester City. Ainda chegaram os jovens Filip Benkovic e Caglar Söyüncü (pois é, três tremas) para serem desenvolvidos. O capitão Wes Morgan, 34 anos, fica cada vez mais relegado ao papel de coadjuvante e mentor da garotada. Ricardo Pereira foi uma boa ideia para a lateral direita, e o novinho Ben Chilwell tende a crescer na esquerda. Kasper Schmeichel ainda é o goleiro titular, mas ganhou a concorrência de Danny Ward, contratado do Liverpool.

Sem comentários: