Leicester
Cidade: Leicester
Estádio: King Power
Stadium (32.273 pessoas)
Técnico: Claude Puel
Posição em 2017/18: 9º
Projeção: Meio de
tabela
Principais contratações: James
Maddison (Norwich), Ricardo Pereira (Porto), Danny Ward (Liverpool), Rachid
Ghezzal (Monaco), Jonny Evans (West Brom)
Principais saídas: Riyad Mahrez (Manchester City), Ahmed Musa
(Al-Nassr), Ben Hamer (Huddersfield), Robert Huth (sem clube), Aleksandar
Dragovic (fim de empréstimo)
O inacreditável título inglês de 2015/16 ficou para trás, e se era
necessário algo simbólico para marcar a ruptura, a saída de Riyad Mahrez para o
Manchester City cumpre esse papel. Pouco a pouco, outros jogadores da equipe
campeã vão sendo substituídos, e o Leicester transita para um estilo de jogo
diferente. No processo, a lua de mel com a torcida também chegou ao fim, e a
última temporada já foi tomada por vaias e reclamações. O principal alvo foi
Claude Puel, contratado no começo da Premier League para substituir Craig
Shakespeare, interino de Claudio Ranieri, e efetivo de vida curta.
O francês alcança resultados, mas nem sempre a maneira como chega a eles
é muito bonita. No Southampton, havia sido criticado pelas táticas
excessivamente defensivas, apesar do oitavo lugar. No Leicester, a história é
parecida. A confortável nona colocação deveria ser satisfatória para um clube
dos recursos das Raposas, mas houve muitas atuações fracas e sequências
desesperadoras, como uma vitória em 12 rodadas a partir de dezembro e um fim de
Campeonato Inglês também muito ruim. Houve especulações de que poderia ser
substituído, e Marco Silva interessava. Puel acabou ficando, mas começa a
temporada pressionado e entre os mais cotados para ser o primeiro técnico
demitido da liga inglesa.
E o problema nem está sendo excesso de cautela porque foram 60 gols
sofridos na campanha, quinta pior defesa da Premier League. É mais crise de
identidade. Puel está tentando transformar o estilo de jogo característico do
Leicester, de contra-ataque e aversão à bola, responsável por aquela conquista,
em outro um pouco mais diferente. A posse de bola já subiu da casa dos 44% para
48%, e o total de passes médios por partida, de 350 para 400. O processo
naturalmente terá percalços, principalmente porque o próprio Puel se identificaria
mais com a filosofia antiga do que a nova.
Se a ideia é que o time seja mais criativo, a perda de Mahrez será
bastante sentida, mas também era esperada, o que não torna mais fácil a missão
de compensar a ausência de um dos melhores meias da Premier League nos últimos
anos. O Leicester aposta que o segredo é o sangue argelino: trouxe Rachid
Ghezzal, do Monaco, para reforçar o setor. No 4-2-3-1 favorito de Puel, ele
pode atuar pela direita, com Marc Albrighton ou o jovem Demarai Gray pela
esquerda, e outro reforço pelo meio. James Maddison chegou do Norwich com muita
promessa, depois de 14 gols e sete assistências na última Championship.
O clube também tentou costurar a
colcha de retalhos que foi a defesa na última temporada. Com as saídas do
veterano Robert Huth, outro titular na conquista da Premier League que se foi,
e o retorno de Aleksandar Dragovic para o Bayer Leverkusen, o setor passou por
uma pequena revolução. O líder é Harry Maguire, que resistiu às abordagens do
Manchester United e volta da Copa do Mundo cheio de moral. Jonny Evans foi
contratado por apenas £ 3 milhões do West Brom, que meses antes recusou
proposta seis vezes maior do Manchester City. Ainda chegaram os jovens Filip
Benkovic e Caglar Söyüncü (pois é, três tremas) para serem desenvolvidos. O
capitão Wes Morgan, 34 anos, fica cada vez mais relegado ao papel de
coadjuvante e mentor da garotada. Ricardo Pereira foi uma boa ideia para a
lateral direita, e o novinho Ben Chilwell tende a crescer na esquerda. Kasper
Schmeichel ainda é o goleiro titular, mas ganhou a concorrência de Danny Ward,
contratado do Liverpool.
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