Fulham
Cidade: Londres
Estádio: Craven
Cottage (25.700 pessoas)
Técnico: Slavisa
Jokanovic
Posição em 2017/18: 3º
na Championship
Projeção: Meio de
tabela
Principais contratações: Jean
Michaël Seri (Nice), Aleksandar Mitrovic (Newcastle), Alfie Mawson (Swansea),
Fabri (Besiktas), André Schürrle (Borussia Dortmund), Calum Chambers (Arsenal),
André Zambo Anguissa (Olympique Marseille), Sergio Rico (Sevilla), Luciano
Vietto (Atlético de Madrid), Timothy Fosu-Mensah (Manchester United), Joe Bryan
(Bristol City)
Principais saídas: David Button (Brighton), George Williams
(Forest Green), Ryan Fredericks (West Ham), Tayo Edun (Ipswich)
A maneira como o Fulham conseguiu o acesso pode esconder o que este time
pode fazer no seu retorno à Premier League. Tradicionalmente, o clube que chega
à elite por meio dos playoffs é o principal favorito para ser rebaixado, mas
seria um erro aplicar esta análise aos londrinos. O terceiro lugar na
Championship foi um pouco circunstancial, fruto de um começo ruim de temporada.
No entanto, entre a época do Natal e a penúltima rodada, foram 23 partidas de
invencibilidade na segunda divisão, com um futebol de troca de passes, posse de
bola e vitórias amplas. No último desafio, a equipe foi batida pelo Birmingham
e acabou ficando a dois pontos do segundo lugar, ocupado pelo Cardiff City. Mas
derrotou o Aston Villa, em Wembley, para encerrar o calvário de quatro anos
brigando para subir.
Alguns números são interessantes. O Fulham foi o que mais trocou passes
curtos na segunda divisão e o que mais marcou com bola rolando. Apenas 13 dos
seus 79 gols saíram em cobranças de falta ou de pênalti. É um time que tenta
jogar porque é assim que o seu treinador, o sérvio Slavisa Jokanovic, pensa
futebol. É o segundo acesso à Premier League que ele consegue. Bicampeão
nacional pelo Partizan, assumiu um Watford em crise – foi o quarto treinador em
37 dias – no começo da temporada 2014/15 e conseguiu alcançar o objetivo. Mas
foi substituído por Quique Sánchez Flores antes de ter a oportunidade de se
testar contra os melhores times da Inglaterra.
Desta vez, ninguém tira Jokanovic do banco de reservas do Fulham. Seu
trabalho fez com que alguns jogadores crescessem. Aleksandar Mitrovic, por
exemplo, sofria para desenvolver o seu potencial no Newcastle. Em seis meses
emprestado aos londrinos, marcou 12 gols em 17 rodadas da Championship e foi
contratado em definitivo. Tom Cairney nunca havia conseguido brilhar no Hull
City e no Blackburn quando chegou a Craven Cottage, em 2015. Atualmente, é o
capitão e o epicentro da troca de passes do Fulham. Ele próprio se descreve
como o “David Silva dos pobres”.
Ninguém brilhou mais do que Ryan Sessegnon. Agora ele já tem 18 anos,
mas, durante a temporada passada, ainda adolescente, foi uma ameaça constante
em nova posição. O lateral esquerdo de origem foi adiantado para o lado
esquerdo do meio-campo criativo e marcou 15 vezes em 46 partidas. Foi eleito o
melhor jogador da Championship e tem tanta moral que provavelmente Andre
Schürrle, campeão do mundo e uma das boas contratações desta janela, deve ter
que atuar pelo lado direito do ataque para não incomodar o moleque.
Este é o pulo do gato. O Fulham já subiu com uma equipe arrumadinha. Mas
ainda se reforçou bem no mercado de transferências, sem poupar gastos. Além de
trazer Schürrle, por empréstimo de dois anos do Borussia Dortmund, e confirmar
Mitrovic, ainda contratou o meia Jean Michaël Seri, do Nice. O francês de 26
anos, especulado em clubes como Barcelona e Chelsea, tem potência física e
combina com o estilo de jogo de Jovanovic. Os defensores Alfie Mawson,
ex-Swansea, e Calum Chambers, ex-Arsenal, reforçam a defesa, com experiência
conjunta de 159 partidas de Premier League.
Não satisfeito, o clube londrino fez mais cinco negócios no fechamento da
janela: o bom goleiro Sergio Rico, que se junta a Fabri na briga pela
titularidade e deve vencê-la; o volante André Zambo Anguissa, do Olympique
Marseille, que acabou sendo o jogador mais caro do mercado do Fulham, a € 33
milhões; Joe Bryan, lateral esquerdo ofensivo do Bristol City; Timothy
Fosu-Mensah, emprestado pelo Manchester United para ser mais uma opção para a
zaga; e Luciano Vietto, do Atlético de Madrid, como alternativa a Mitrovic.
Pode dar tudo errado, já vimos
isso acontecer. Principalmente porque o Fulham contratou um time inteiro – dez
novos jogadores, considerando que Mitrovic já fazia parte do elenco – e sempre
é necessário um tempo para adaptá-los e afinar o entrosamento. Mas os londrinos
parecem ter ambições além de apenas se manter na elite.
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