quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: EVERTON


Everton
Cidade: Liverpool

Estádio: Goodison Park (39.595 pessoas)

Técnico: Marco Silva

Posição em 2017/18: 

Projeção: Briga por Liga Europa

Principais contratações: Richarlison (Watford), Yerri Mina (Barcelona), Lucas Digne (Barcelona), André Gomes (Barcelona), Bernard (Shakhtar Donetsk)

Principais saídas: Davy Klaassen (Werder Bremen), Ramiro Funes Mori (Villarreal) Kevin Mirallas (Fiorentina), Henry Onyekuru (Galatasaray), Wayne Rooney (DC United), Ashley Williams (Stoke City)

Os dias de pindaíba terminaram. A situação atual é muito diferente da época em que David Moyes só podia gastar o que arrecadasse com a venda de jogadores. A chegada do dono Farhad Moshiri fez com que o Everton sonhasse com o passo à frente, depois de muitos anos de estabilidade na parte de cima da tabela, mas olhando a festa dos maiores clubes do país do lado de fora. O dinheiro, no entanto, ainda não se transformou em um time forte, o que os Toffees esperam finalmente alcançar com duas contratações: o treinador Marco Silva e o diretor de futebol Marcel Brands.

Para um clube que historicamente troca muito pouco de técnico, o fato de Silva ser o terceiro em dois anos indica que algo está errado. A escolha de Sam Allardyce para ser o intermediário entre Ronald Koeman e o português também: seu estilo mais rústico e antiquado nada tem a ver com o de seus colegas. É impossível que um mesmo elenco tenha características compatíveis com duas filosofias tão distintas. O Everton tentou contratar Silva na temporada passada, mas o Watford foi irredutível. Voltou-se para a experiência de Big Sam, que conseguiu erguer o time na tabela. No entanto, o estilo de jogo modorrento que implantou gerou diversas críticas da torcida e valeu sua demissão.

Quando teve, enfim, a oportunidade de contratar o homem que queria, não a desperdiçou. A questão é se ele é o nome correto. Embora tenha demonstrado qualidade em vários momentos da carreira, Silva também tem um histórico de problemas e de trabalhos curtos. Estabilidade seria novidade na carreira de um treinador que não ficou mais de um em nenhum dos seus últimos quatro clubes. De qualquer maneira, tem um perfil mais parecido com o de Koeman e potencial para se tornar um grande treinador da Premier League.

Para auxiliá-lo, a diretoria trouxe o diretor de futebol Marcel Brands, do PSV, pelo qual supervisionou a conquista de três títulos holandeses nas últimas quatro temporadas. Ele também trabalhou na conquista de Louis van Gaal com o AZ Alkmaar. Em Eindhoven, descobriu jogadores como Kevin Strootman, Wijnaldum, Dries Mertens e Hirving Lozano. A sua principal missão é injetar um pouco de coerência na política de mercado do Everton. A janela anterior foi desconexa, com muitos jogadores para a mesma posição (Sigurdsson, Klaassen, Rooney) e nenhum substituto para Romelu Lukaku.

A primeira ação de Brands foi aliviar a folha de pagamento. Apesar de ter sido o artilheiro do Everton na Premier League, Wayne Rooney foi dispensado. Klaassen saiu para o Werder Bremen, por metade do preço que havia sido contratado. Ashley Williams foi emprestado ao Stoke City. Com mais espaço no elenco, o clube recorreu a apostas e jogadores mais jovens do que consolidados. O principal foi Richarlison, que brilhou com Marco Silva no Watford. Outro brasileiro que chegou foi Bernard, ao fim do seu contrato com o Shakhtar Donetsk. Os Toffees também acreditam que podem revitalizar a carreira de André Gomes, que não foi bem no Barcelona.

A defesa acabou sendo a principal preocupação. Com Williams e Ramiro Funes Mori negociados, Silva não quer se ver obrigado a utilizar o veterano Phil Jagielka vezes demais. Para acompanhar Michael Keane, trouxe Yerri Mina, um dos destaques da Copa do Mundo, e acertou o empréstimo de Kurt Zouma. Lucas Digne foi outro jogador contratado pelo Barcelona, para preparar a sucessão do ídolo Leighton Baines na lateral esquerda. O ataque, porém, segue sendo um gargalo. Tirando Rooney, os três atacantes mais goleadores do time no último Campeonato Inglês foram Oumar Niasse, Cenk Tosun e Dominic Calvert-Lewin. Juntos, fizeram apenas 17 gols.

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