Everton
Cidade: Liverpool
Estádio: Goodison
Park (39.595 pessoas)
Técnico: Marco Silva
Posição em 2017/18: 8º
Projeção: Briga por
Liga Europa
Principais contratações: Richarlison
(Watford), Yerri Mina (Barcelona), Lucas Digne (Barcelona), André Gomes
(Barcelona), Bernard (Shakhtar Donetsk)
Principais saídas: Davy Klaassen (Werder Bremen), Ramiro
Funes Mori (Villarreal) Kevin Mirallas (Fiorentina), Henry Onyekuru
(Galatasaray), Wayne Rooney (DC United), Ashley Williams (Stoke City)
Os dias de pindaíba terminaram. A situação atual é muito diferente da
época em que David Moyes só podia gastar o que arrecadasse com a venda de
jogadores. A chegada do dono Farhad Moshiri fez com que o Everton sonhasse com
o passo à frente, depois de muitos anos de estabilidade na parte de cima da
tabela, mas olhando a festa dos maiores clubes do país do lado de fora. O
dinheiro, no entanto, ainda não se transformou em um time forte, o que os
Toffees esperam finalmente alcançar com duas contratações: o treinador Marco
Silva e o diretor de futebol Marcel Brands.
Para um clube que historicamente troca muito pouco de técnico, o fato de
Silva ser o terceiro em dois anos indica que algo está errado. A escolha de Sam
Allardyce para ser o intermediário entre Ronald Koeman e o português também:
seu estilo mais rústico e antiquado nada tem a ver com o de seus colegas. É
impossível que um mesmo elenco tenha características compatíveis com duas
filosofias tão distintas. O Everton tentou contratar Silva na temporada
passada, mas o Watford foi irredutível. Voltou-se para a experiência de Big
Sam, que conseguiu erguer o time na tabela. No entanto, o estilo de jogo
modorrento que implantou gerou diversas críticas da torcida e valeu sua
demissão.
Quando teve, enfim, a oportunidade de contratar o homem que queria, não a
desperdiçou. A questão é se ele é o nome correto. Embora tenha demonstrado
qualidade em vários momentos da carreira, Silva também tem um histórico de
problemas e de trabalhos curtos. Estabilidade seria novidade na carreira de um
treinador que não ficou mais de um em nenhum dos seus últimos quatro clubes. De
qualquer maneira, tem um perfil mais parecido com o de Koeman e potencial para
se tornar um grande treinador da Premier League.
Para auxiliá-lo, a diretoria trouxe o diretor de futebol Marcel Brands,
do PSV, pelo qual supervisionou a conquista de três títulos holandeses nas
últimas quatro temporadas. Ele também trabalhou na conquista de Louis van Gaal
com o AZ Alkmaar. Em Eindhoven, descobriu jogadores como Kevin Strootman,
Wijnaldum, Dries Mertens e Hirving Lozano. A sua principal missão é injetar um
pouco de coerência na política de mercado do Everton. A janela anterior foi
desconexa, com muitos jogadores para a mesma posição (Sigurdsson, Klaassen,
Rooney) e nenhum substituto para Romelu Lukaku.
A primeira ação de Brands foi aliviar a folha de pagamento. Apesar de ter
sido o artilheiro do Everton na Premier League, Wayne Rooney foi dispensado.
Klaassen saiu para o Werder Bremen, por metade do preço que havia sido
contratado. Ashley Williams foi emprestado ao Stoke City. Com mais espaço no
elenco, o clube recorreu a apostas e jogadores mais jovens do que consolidados.
O principal foi Richarlison, que brilhou com Marco Silva no Watford. Outro
brasileiro que chegou foi Bernard, ao fim do seu contrato com o Shakhtar
Donetsk. Os Toffees também acreditam que podem revitalizar a carreira de André Gomes,
que não foi bem no Barcelona.
A defesa acabou sendo a principal
preocupação. Com Williams e Ramiro Funes Mori negociados, Silva não quer se ver
obrigado a utilizar o veterano Phil Jagielka vezes demais. Para acompanhar
Michael Keane, trouxe Yerri Mina, um dos destaques da Copa do Mundo, e acertou
o empréstimo de Kurt Zouma. Lucas Digne foi outro jogador contratado pelo
Barcelona, para preparar a sucessão do ídolo Leighton Baines na lateral
esquerda. O ataque, porém, segue sendo um gargalo. Tirando Rooney, os três
atacantes mais goleadores do time no último Campeonato Inglês foram Oumar
Niasse, Cenk Tosun e Dominic Calvert-Lewin. Juntos, fizeram apenas 17 gols.
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