Crystal Palace
Cidade: Londres
Estádio: Selhurst
Park (25.456 pessoas)
Técnico: Roy Hodgson
Posição em 2017/18: 11º
Projeção: Brigar
contra o rebaixamento
Principais contratações: Cheikhou
Kouyaté (West Ham), Vicente Guaita (Getafe), Max Meyer (Schalke 04)
Principais saídas: Damien Delaney (Cork City), Yohan Cabaye
(Al Nasr), Jaroslaw Jach (Rizespor), Cheong-yong Lee (sem clube), Diego
Cavalieri (sem clube), Bakary Sako (sem clube), Ruben Loftus-Cheek (fim de
empréstimo), Timothy Fosu-Mensah (fim de empréstimo)
O Guardian faz uma análise detalhada das finanças dos clubes da Premier
League. Pelos papéis entregues pelo Crystal Palace referentes à temporada
2016/17, o gasto com salários representa 78% do seu faturamento. O ideal é que
esse número seja mais próximo de 30%, embora poucos times ingleses sejam
idealistas. Essa porcentagem pode estar maior no momento porque foi calculada
antes da chegada definitiva de Mamadou Sakho, da última renovação de contrato
da estrela da companhia, Wilfried Zaha, e da contratação do alemão Max Meyer,
com vencimentos exorbitantes. Paralelamente à renovação do Selhurst Park, a
mensagem para o técnico Roy Hodgson foi clara: não há dinheiro.
Além da chegada de Meyer, sem taxa de transferência, mas com alto fardo salarial,
o Crystal Palace contratou apenas Cheikhou Kouyaté, do West Ham, por € 11
milhões, o goleiro Vicente Guaita, do Getafe, e Jordan Ayew, emprestado pelo
Swansea. São bons nomes: Kouyaté repõe a saída de Yohan Cabaye, que saiu para o
Al Nasr, dos Emirados Árabes; Meyer reforça o setor de criatividade, já bem
abastecido por Zaha e Andros Townsend; Ayew vira uma opção para o ataque, junto
ou no lugar de Christian Benteke; e Guaita briga com Wayne Hennessey pela
primeira camisa. Contudo, servem mais para estancar a sangria do que para
reforçar o time porque, além da saída de Cabaye, que jogou 31 vezes na última
Premier Legue, ainda foram embora Ruben Loftus-Cheek (24 jogos) e Timothy
Fosu-Mensah (21). Estavam emprestados e retornaram para seus respectivos
clubes, Chelsea e Manchester United.
O principal reforço foi conseguir mais uma vez manter o seu principal
jogador. Zaha voltou a ser assediado por clubes do patamar de cima da tabela,
como Everton, Tottenham e Chelsea, mas acabou ficando. Ele é essencial para as
pretensões dos londrinos. Na última temporada, o Palace somou zero (isso
mesmo: nenhum) pontos nas nove partidas em que ele não esteve em campo. Ciente
da situação, Hodgson sabe que, apesar de o seu clube se preparar para a sexta
temporada seguida na elite, a missão continua sendo apenas a sobrevivência.
Principalmente porque, na última
vez em que o Palace tentou dar um passo maior do que as pernas, os resultados
foram catastróficos. Frank de Boer foi a busca por um futebol mais vistoso,
aproveitando que o elenco tem qualidade em comparação com os colegas de meio da
tabela. O holandês foi demitido após quatro rodadas sem vitória e sem marcar
gol. Essa sequência horrível seria estendida para sete jogos, antes de Hodgson
colocar a casa em ordem e comandar uma boa recuperação que fez o time terminar
em 11º lugar. O ideal seria, na Premier League que começa na sexta-feira, não
passar tantos sustos.
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