quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: CRYSTAL PALACE


Crystal Palace
Cidade: Londres

Estádio: Selhurst Park (25.456 pessoas)

Técnico: Roy Hodgson

Posição em 2017/18: 11º

Projeção: Brigar contra o rebaixamento

Principais contratações: Cheikhou Kouyaté (West Ham), Vicente Guaita (Getafe), Max Meyer (Schalke 04)

Principais saídas: Damien Delaney (Cork City), Yohan Cabaye (Al Nasr), Jaroslaw Jach (Rizespor), Cheong-yong Lee (sem clube), Diego Cavalieri (sem clube), Bakary Sako (sem clube), Ruben Loftus-Cheek (fim de empréstimo), Timothy Fosu-Mensah (fim de empréstimo)

O Guardian faz uma análise detalhada das finanças dos clubes da Premier League. Pelos papéis entregues pelo Crystal Palace referentes à temporada 2016/17, o gasto com salários representa 78% do seu faturamento. O ideal é que esse número seja mais próximo de 30%, embora poucos times ingleses sejam idealistas. Essa porcentagem pode estar maior no momento porque foi calculada antes da chegada definitiva de Mamadou Sakho, da última renovação de contrato da estrela da companhia, Wilfried Zaha, e da contratação do alemão Max Meyer, com vencimentos exorbitantes. Paralelamente à renovação do Selhurst Park, a mensagem para o técnico Roy Hodgson foi clara: não há dinheiro.

Além da chegada de Meyer, sem taxa de transferência, mas com alto fardo salarial, o Crystal Palace contratou apenas Cheikhou Kouyaté, do West Ham, por € 11 milhões, o goleiro Vicente Guaita, do Getafe, e Jordan Ayew, emprestado pelo Swansea. São bons nomes: Kouyaté repõe a saída de Yohan Cabaye, que saiu para o Al Nasr, dos Emirados Árabes; Meyer reforça o setor de criatividade, já bem abastecido por Zaha e Andros Townsend; Ayew vira uma opção para o ataque, junto ou no lugar de Christian Benteke; e Guaita briga com Wayne Hennessey pela primeira camisa. Contudo, servem mais para estancar a sangria do que para reforçar o time porque, além da saída de Cabaye, que jogou 31 vezes na última Premier Legue, ainda foram embora Ruben Loftus-Cheek (24 jogos) e Timothy Fosu-Mensah (21). Estavam emprestados e retornaram para seus respectivos clubes, Chelsea e Manchester United.

O principal reforço foi conseguir mais uma vez manter o seu principal jogador. Zaha voltou a ser assediado por clubes do patamar de cima da tabela, como Everton, Tottenham e Chelsea, mas acabou ficando. Ele é essencial para as pretensões dos londrinos. Na última temporada, o Palace somou zero (isso mesmo: nenhum) pontos nas nove partidas em que ele não esteve em campo. Ciente da situação, Hodgson sabe que, apesar de o seu clube se preparar para a sexta temporada seguida na elite, a missão continua sendo apenas a sobrevivência.

Principalmente porque, na última vez em que o Palace tentou dar um passo maior do que as pernas, os resultados foram catastróficos. Frank de Boer foi a busca por um futebol mais vistoso, aproveitando que o elenco tem qualidade em comparação com os colegas de meio da tabela. O holandês foi demitido após quatro rodadas sem vitória e sem marcar gol. Essa sequência horrível seria estendida para sete jogos, antes de Hodgson colocar a casa em ordem e comandar uma boa recuperação que fez o time terminar em 11º lugar. O ideal seria, na Premier League que começa na sexta-feira, não passar tantos sustos.

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