quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: BURNLEY


Burnley

Cidade: Burnley

Estádio: Turf Moor (22.000 pessoas)

Técnico: Sean Dyche

Posição em 2017/18: 

Projeção: Meio de tabela

Principais contratações: Ben Gibson (Middlesbrough), Matej Vydra (Derby County), Joe Hart (Manchester City)

Principais saídas: Dean Marney (Fleetwood Town), Chris Long (Fleetwood Town), Tom Anderson (Doncaster Rovers), Scott Arfield (Rangers)

Antes do Leicester modificar as referências de tempo e espaço da Premier League com o título de 2015/16, o que o Burnley fez na última temporada seria considerado o melhor que um clube fora do grupo dos seis mais ricos da Inglaterra poderia fazer. Ainda é porque o tipo de milagre alcançado por Claudio Ranieri e companhia acontece uma vez a cada cem anos, mas serve para o técnico Sean Dyche, o mais longevo da elite ao lado de Eddie Howe, no cargo desde 2012, adotar o discurso de que “tudo é possível” quando é questionado sobre qual será o próximo passo do seu time. Realisticamente, porém, a evolução seria ficar exatamente onde está.

O Burnley foi um clube estável de primeira divisão entre os anos cinquenta e sessenta, com direito a um título inglês no período, mas passou muito tempo nas divisões de acesso. Está prestes a disputar a quarta edição da Premier League em cinco temporadas com um crescimento estável: na primeira dessas, foi imediatamente rebaixado; na segunda, foi 16º colocado e se manteve; na terceira, pulou para a sétima posição, na prática o líder do resto da tabela, atrás apenas dos dois clubes de Manchester, Tottenham, Liverpool, Chelsea e Arsenal. Chegou a frequentar a zona de classificação da Champions League, esteve vários momentos à frente dos Gunners, venceu em Stamford Bridge e recebeu, como um merecido prêmio, vaga na próxima Liga Europa. O quanto a caminhada continental durará ainda é incerto: os ingleses passaram pelo Aberdeen e enfrentam o Istambul Basaksehir na próxima fase. Ainda haverá outra antes da fase de grupos.

Continuar ou não na Liga Europa é uma variável importante para a temporada porque Dyche gosta de trabalhar com elencos curtos e é famoso por usar o mesmo time titular o máximo de vezes possível. O Burnley teve dificuldades para contratar reforços. Levou apenas Ben Gibson, do Middlesbrough, um zagueiro para repor a saída de Michael Keane, um ano atrás, e Matej Vydra, atacante de muitos gols na Championship, mas que nunca brilhou na elite. Além disso, Joe Hart foi chamado para cobrir a posição de goleiro porque Nick Pope perderá as primeiras rodadas por causa de uma lesão, e Tom Heaton também passa por problemas físicos. São três arqueiros de seleção inglesa no mesmo elenco.
Dyche alega que está à frente de um clube financeiramente estável, mas incapaz de competir com as taxas de transferências e pedidas salariais da atualidade. Caso tenha que dividir as atenções com uma competição europeia, o desempenho na Premier League pode sofrer, e graças ao fechamento precoce da janela inglesa, quando o Burnley souber quantas partidas continentais terá que disputar até o fim do ano, não poderá mais contratar jogadores.

Seu estilo, porém, favorece uma boa campanha de mata-mata. A defesa sofreu apenas 39 gols na última Premier League, a sexta melhor marca da liga. Se o ataque foi o sexto pior, os tentos apareceram na hora certa para que o Burnley fosse o único clube além dos seis primeiros a somar mais de 50 pontos. A organização faz com que Dyche seja o técnico inglês mais prestigiado do momento, especulado em clubes como Leicester e Everton, além de nome frequente em discussões sobre o futuro da seleção inglesa. Por enquanto, ele fica no Turf Moor, depois de renovar contrato até 2022, no último mês de janeiro.

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