quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: LIVERPOOL


Liverpool 
Cidade: Liverpool

Estádio: Anfield Road (53.394 pessoas)

Técnico: Jürgen Klopp

Posição em 2017/18: 

Projeção: Brigar pelo título

Principais contratações: Fabinho (Monaco), Naby Keita (RB Leipzig), Xherdan Shaqiri (Stoke City), Alisson (Roma)

Principais saídas: Danny Ward (Leicester), Jon Flanagan (Rangers), Emre Can (Juventus), Ben Woodburn (Sheffield United), Danny Ings (Southampton)

Em três anos, Jürgen Klopp conseguiu construir uma equipe que atua no seu estilo preferido, montar um ataque que, se não for o mais letal da Europa, está entre os melhores, chegar a três finais e assegurar duas temporadas seguidas de Champions League. São grandes feitos, mas o Liverpool precisa dar o passo seguinte: conquistar títulos. Eles escaparam na Liga Europa, na Copa da Liga Inglesa e na principal competição europeia de clubes. Para o alemão manter o prestígio em alta com a torcida vermelha, não podem escapar por muito mais tempo. Principalmente o da Premier League, que os Reds não conquistam desde 1990.

As perspectivas são boas para esta temporada. O time não perdeu as suas principais peças, apenas Emre Can, nem há uma possibilidade real de isso acontecer em um futuro próximo. Mohamed Salah e Roberto Firmino renovaram seus contratos, e Sadio Mané deve fazer o mesmo. E os reforços vieram. Klopp comandou a janela de transferências mais gastadora da sua carreira, ignorando que um dia disse que se aposentaria se o futebol se resumisse a contratar jogadores de € 100 milhões, e buscou os jogadores que o Liverpool precisava para se candidatar genuinamente ao título da Premier League.
Começando pelo começo: as arquibancadas de Anfield finalmente não precisam mais se preocupar com o goleiro. O Liverpool tornou Alisson o jogador mais caro da posição na história – marca que foi rapidamente quebrada por Kepa Arrizabalaga, do Chelsea -, depois que Loris Karius acrescentou falhas na pré-temporada às que cometeu em Kiev, na final da Champions League. O goleiro brasileiro ainda não está entre os melhores do mundo, mas mostrou na última temporada pela Roma que não demorará muito para chegar lá. A saída de Emre Can foi muito bem suprida por Fabinho, e Naby Keita é um meio-campista dinâmico, completo e talhado à mão para o estilo de Klopp.

O mercado do Liverpool não ganha nota dez porque a reposição para o trio de ataque ainda pode ficar curta. Alex Oxlade-Chamberlain, utilizado como meia em Anfield, mas atacante de origem, ficará fora da temporada, lesionado. A chegada de Xherdan Shaqiri melhora as coisas, mas as opções são apenas ele um Daniel Sturridge que pareceu rejuvenescido na pré-temporada e um Adam Lallana que mesmo em grande forma física oscila demais de desempenho. A transferência abortada de Nabil Fekir, capaz de jogar tanto no ataque quanto no meio-campo, pode eventualmente fazer falta.

A defesa, até segunda ordem, não é mais um problema. A chegada de Virgil Van Dijk fez com que todos crescessem de produção, inclusive Dejan Loven, que teve ótimos seis meses antes de brilhar na Copa do Mundo. Alexander-Arnold e Andy Robertson têm vitalidade de sobra pelas laterais. O Liverpool teve a quarta melhor defesa da última Premier League e, tendo sofrido apenas dez gols, o segundo sistema defensivo mais sólido como mandante.

Em nível de futebol, apresenta-se como o time que pode brigar com o Manchester City pelo título. Afinal, conseguiu vencê-lo três vezes na temporada passada, quando o time de Guardiola encantou e bateu recordes. O problema é a consistência. Por jogar sempre que pode a 200 quilómetros por hora, os jogadores têm dificuldades para manter a intensidade em todas as partidas e muitas vezes relaxam em duelos menos importantes, o que causa tropeços que times campeões não podem ter. Com mais opções de elenco, Klopp pode administrar melhor esse problema e talvez conquistar de vez a torcida com o tão esperado 19º título inglês.

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