Huddersfield
Cidade: Huddersfield
Estádio: The John
Smith’s Stadium (24.426 pessoas)
Técnico: David Wagner
Posição em 2017/18: 16º
Projeção: Brigar
contra o rebaixamento
Principais contratações: Terence
Kongolo (Monaco), Adama Diakhaby (Monaco), Radaman Sobhi (Stoke City), Florent
Hadergjonaj (Ingolstadt), Juninho Bacuna (Groningen), Jonas Lössl (Mainz), Erik
Durm (Borussia Dortmund), Ben Hamer (Leicester), Isaac Mbenza (Toulouse)
Principais saídas: Tom Ince (Stoke City), Robert Green
(Chelsea), Michael Hefele (Nottingham Forest)
David Wagner tinha a possibilidade de ganhar uma promoção dentro da
Premier League, em clubes mais ricos, como o Leicester, mas preferiu dar uma
amostra de fidelidade ao Huddersfield com um novo contrato de três anos,
assinado em maio. Não poderia haver notícia melhor para o clube que pretende
emplacar a terceira temporada na elite seguida, o que não acontece desde a
década de cinquenta. Wagner é o coração e a alma do projeto, e sem ele, os
Terriers ficariam perdidos na missão de mais uma vez evitar o rebaixamento.
Porque, com ele, já foi muito difícil. Wagner precisou ajustar o estilo
de pressão no campo ofensivo que deu certo na campanha do acesso para não ser
um saco de pancadas da Premier League. Com baixo orçamento, entre os menores da
liga, sabiamente preferiu defender mais recuado e apostar em marcação dura e
espírito de equipe. Foi suficiente para ficar quatro pontos acima da zona do
rebaixamento, com empates na sequência contra Manchester City e Chelsea.
A principal missão é repetir o feito com um pouco mais de folga e um
pouco mais de classe. Porque ao mesmo tempo em que conseguiu ficar dez partidas
sem ser vazado (oitava marca da liga ao lado de outros quatro clubes) também
terminou 21 das 38 rodadas sem colocar uma bola dentro das redes do adversário.
A dificuldade de criação do Huddersfield foi tocante durante a temporada e se refletiu
no pior ataque da liga (28 gols junto com o Stoke City) e na terceira menor
média de chutes a gol (9,5 por partida).
Conseguindo manter seus principais jogadores, a tendência é que o
Huddersfield, se mantiver a mentalidade certa, consiga dar um passo à frente,
pelo menos em termos de desempenho. A janela serviu para manter alguns atletas
importantes que passaram a última temporada emprestados ao clube: o goleiro
Jonas Lössl, o lateral direito Florent Hadergjonaj e o defensor Terence Kongolo
foram contratados em definitivo. A defesa ganhou ainda os reforços de Erik
Durm, ex-Borussia Dortmund, e Juninho Bacuna, ex-Groningen. São muitos
jogadores que atuam em mais de uma posição na linha defensiva, e se Wagner
encontrar a formação ideal, pode se sentir confortável para soltar o seu time
no ataque um pouco mais.
O principal gargalo foi o ataque.
Os centroavantes Steve Mounié e Laurente Depoitre não são craques e ainda
receberam poucas bolas em boas condições de finalização. Marcaram apenas sete e
seis gols, respectivamente. O Huddersfield tentou reforçar o fornecimento, com
as chegadas de Adam Diakhaby, do Monaco, Radaman Sobhi, do Stoke City, e Isaac
Mbenza, do Toulouse. Bons nomes, mas que talvez não sejam suficientes para a
revolução que o setor ofensivo dos Terriers precisa.