quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: NEWCASTLE UNITED


Newcastle
Cidade: Newcastle

Estádio: St. James Park (52.490 pessoas)

Técnico: Rafa Benítez

Posição em 2017/18: 10º na Championship

Projeção: Meio de tabela

Principais contratações: Yoshinori Muto (Mainz), Fabian Schär (Deportivo La Coruña), Martin Dubravka (Sparta Praga), Ki Sung-yong (Swansea), Kennedy (Chelsea), Salomon Rondón (West Brom), Federico Fernández (Swansea)

Principais saídas: Mikel Merino (Real Sociedad), Aleksandar Mitrovic (Fulham), Chancel Mbemba (FC Porto), Dwight Gayle (West Brom)

A melhor notícia da última temporada do Newcastle é que Mike Ashley finalmente se mostrou disposto a vender o clube. Como a caminhada na Premier League não foi nada ruim, isso dá a medida do quão irritados estão os torcedores com o homem que dá as cartas no St. James Park desde 2007. As acusações são de que ele explora os Magpies para aumentar as vendas da sua loja de material esportivos e não investe na equipe. A primeira até pode ser mentira, mas contestar a segunda exige brigar com os fatos: apesar da inflação cavalar do mercado de transferências nos últimos anos, em nenhum lugar mais do que na Inglaterra, a contratação mais cara do Newcastle ainda é Michael Owen, trazido por € 25 milhões, em 2005.

Considerando que, apenas na atual janela, até o Bournemouth superou essa marca, o potencial do Newcastle, com rica tradição e torcedores apaixonados, não está sendo nutrido. É a fonte de frustração de Rafa Benítez. O campeão europeu aceitou o desafio para reabilitar a carreira, depois de fracassar no Real Madrid. Continuou, mesmo com o rebaixamento, imaginando que o clube uma hora dará o salto que pode dar. Não se sabe por quanto tempo ele ainda terá paciência. Seu contrato tem apenas mais um ano de duração e a pré-temporada já foi um período de lamentos e indiretas públicas por causa da firmeza com que Ashley mantém sua carteira fechada, ao mesmo tempo em que esfria as tratativas para passar os Magpies adiante.

Questionado se receberia mais reforços após sofrer uma goleada por 4 a 0 do Braga, em amistoso, respondeu: “Eu não tenho ideia. Os torcedores têm que ficar preocupados, nós estamos preocupados. Eu estou realmente preocupado”. A última notícia que o torcedor quer receber é a da saída de Benítez porque foi graças a ele que o time superou suas possibilidades na última Premier League. Longe de ser brilhante, mas organizado e com as estratégias certas para partidas específicas, o Newcastle conseguiu ficar na parte de cima da tabela na temporada em que retornou à elite, um feito raro na Inglaterra. No entanto, sem grandes investimentos em reforços, a próxima campanha deve ser igualmente difícil e desafiadora para o clube.

Sem grana, Benítez teve que ser criativo. Primeiro, manteve o goleiro Martin Dubravka no seu elenco, que havia sido cedido temporariamente pelo Sparta Praga, em janeiro, e foi titular no segundo semestre da temporada. Também renovou o empréstimo de Kennedy, outro que desembarcou no norte da Inglaterra no meio do caminho e causou boa impressão. O dinheiro da venda de Aleksandar Mitrovic para o Fulham serviu para comprar o atacante Yoshinori Muto, do Mainz. Trocou atacantes com o West Brom: Dwight Gayle por Salomon Rondón. Fabian Schär, a € 3 milhões, foi uma incrível pechincha. O bom e experiente volante Ki Sung-yong, do Swansea, chegou sem custos. No dia do fechamento da janela, conseguiu arrancar dos galeses o zagueiro Federico Fernández, com quem trabalhou no Napoli. Eles vão ajudar, mas o Newcastle ainda dependerá da capacidade do seu treinador para alçar voos mais altos na Premier League.

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