quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: CHELSEA


Chelsea
Cidade: Londres

Estádio: Stamford Bridge (41.631 pessoas)

Técnico: Maurizio Sarri

Posição em 2017/18: 

Projeção: Brigar por Champions League

Principais contratações: Jorginho (Napoli), Kepa Arrizabalaga (Athletic Bilbao), Mateo Kovacic (Real Madrid)

Principais saídas: Thibaut Courtois (Real Madrid), Mario Pasalic (Atalanta), Eduardo (Vitesse), Kennedy (Newcastle)
Maurizio Sarri precisa de tempo. A missão que já seria difícil o bastante de modificar drasticamente o estilo de jogo do Chelsea ficou um pouco mais complicada pela pré-temporada conturbada pela qual o clube passou. Todos sabiam que Antonio Conte seria demitido desde o fim da última Premier League, mas o italiano chegou a se reapresentar e comandar alguns treinos antes de receber a notificação oficial. Durante uma boa parte dos últimos meses, Sarri se viu na delicada posição de ainda ter contrato para treinar o Napoli, embora o treinador de fato fosse Carlo Ancelotti. O dono Roman Abramovich teve problemas com seu visto e se refugiou em Israel. Caso você ainda não esteja convencido, Thibaut Courtois foi embora, e o Real Madrid projetará uma sombra sobre Stamford Bridge até o último dia de agosto, decidindo se vale a pena ou não contratar Eden Hazard.

Logo, Sarri precisa de paciência, mas a última vez que Abramovich teve paciência deve ter sido quando fez sua fortuna com empresas de petróleo e gás durante o governo de Boris Yeltsin no seu país natal. A sua fama no futebol é de demitir treinadores por prazer. Mas seria uma contradição contratar o treinador italiano, que construiu sua reputação com um Napoli que jogava bem o futebol e brigou ponto a ponto com a Juventus pelo título italiano, e não conceder pelo menos alguns meses de carta branca para que ele implemente a sua visão.

O que Sarri fará demanda algum tempo e terá percalços no meio do caminho. O estilo dos dois treinadores que o antecederam, os pragmatismos de José Mourinho e Antonio Conte, são diametralmente opostos à vontade do italiano de ganhar entretendo. Basta pegar como exemplo a primeira temporada de Guardiola na Inglaterra. O espanhol tentou introduzir um estilo semelhante, também muito particular, e teve problemas. Na segunda campanha, conquistou a Premier League com 100 pontos. Não quer dizer que acontecerá o mesmo com o Chelsea, mas precisamos esperar um pouco para ver o que Sarri pode fazer.

A chegada de Jorginho adianta o processo. O meia brasileiro tem o DNA do jogo de Sarri completamente absorvido e será responsável por traduzi-lo para os seus companheiros dentro de campo. Orientar o que deve ser feito, do toque de bola no campo de defesa para atrair a pressão à troca de passes rápida para pegar o adversário desprevenido. Será titular absoluto do meio-campo, acompanhado de N’Golo Kanté, que embora não tenha as características preferidas do treinador, é bom demais para ser preterido. E provavelmente Kovacic, contratado do Real Madrid no negócio de Courtois.

O goleiro do Athletic Bilbao, Kepa Arrrizabalaga, assume as metas dos Blues. A grande incógnita do time está no ataque. Álvaro Morata passa por uma fase pavorosa, e Olivier Giroud não se encaixa necessariamente nesta nova maneira de jogar, nem é tão bom quanto Kanté para isso ser ignorado. Hazard, pela esquerda, e Willian, pela direita, serão jogadores importantes. Com um mercado discreto, a grande cartada de Abramovich para voltar à Champions League são as ideias de Sarri e o quão rápido elas serão desenvolvidas para colocar o Chelsea entre os quatro primeiros.

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