quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: HUDDERSFIELD


Huddersfield
Cidade: Huddersfield

Estádio: The John Smith’s Stadium (24.426 pessoas)

Técnico: David Wagner

Posição em 2017/18: 16º

Projeção: Brigar contra o rebaixamento

Principais contratações: Terence Kongolo (Monaco), Adama Diakhaby (Monaco), Radaman Sobhi (Stoke City), Florent Hadergjonaj (Ingolstadt), Juninho Bacuna (Groningen), Jonas Lössl (Mainz), Erik Durm (Borussia Dortmund), Ben Hamer (Leicester), Isaac Mbenza (Toulouse)

Principais saídas: Tom Ince (Stoke City), Robert Green (Chelsea), Michael Hefele (Nottingham Forest)

David Wagner tinha a possibilidade de ganhar uma promoção dentro da Premier League, em clubes mais ricos, como o Leicester, mas preferiu dar uma amostra de fidelidade ao Huddersfield com um novo contrato de três anos, assinado em maio. Não poderia haver notícia melhor para o clube que pretende emplacar a terceira temporada na elite seguida, o que não acontece desde a década de cinquenta. Wagner é o coração e a alma do projeto, e sem ele, os Terriers ficariam perdidos na missão de mais uma vez evitar o rebaixamento.
Porque, com ele, já foi muito difícil. Wagner precisou ajustar o estilo de pressão no campo ofensivo que deu certo na campanha do acesso para não ser um saco de pancadas da Premier League. Com baixo orçamento, entre os menores da liga, sabiamente preferiu defender mais recuado e apostar em marcação dura e espírito de equipe. Foi suficiente para ficar quatro pontos acima da zona do rebaixamento, com empates na sequência contra Manchester City e Chelsea.

A principal missão é repetir o feito com um pouco mais de folga e um pouco mais de classe. Porque ao mesmo tempo em que conseguiu ficar dez partidas sem ser vazado (oitava marca da liga ao lado de outros quatro clubes) também terminou 21 das 38 rodadas sem colocar uma bola dentro das redes do adversário. A dificuldade de criação do Huddersfield foi tocante durante a temporada e se refletiu no pior ataque da liga (28 gols junto com o Stoke City) e na terceira menor média de chutes a gol (9,5 por partida).

Conseguindo manter seus principais jogadores, a tendência é que o Huddersfield, se mantiver a mentalidade certa, consiga dar um passo à frente, pelo menos em termos de desempenho. A janela serviu para manter alguns atletas importantes que passaram a última temporada emprestados ao clube: o goleiro Jonas Lössl, o lateral direito Florent Hadergjonaj e o defensor Terence Kongolo foram contratados em definitivo. A defesa ganhou ainda os reforços de Erik Durm, ex-Borussia Dortmund, e Juninho Bacuna, ex-Groningen. São muitos jogadores que atuam em mais de uma posição na linha defensiva, e se Wagner encontrar a formação ideal, pode se sentir confortável para soltar o seu time no ataque um pouco mais.

O principal gargalo foi o ataque. Os centroavantes Steve Mounié e Laurente Depoitre não são craques e ainda receberam poucas bolas em boas condições de finalização. Marcaram apenas sete e seis gols, respectivamente. O Huddersfield tentou reforçar o fornecimento, com as chegadas de Adam Diakhaby, do Monaco, Radaman Sobhi, do Stoke City, e Isaac Mbenza, do Toulouse. Bons nomes, mas que talvez não sejam suficientes para a revolução que o setor ofensivo dos Terriers precisa.

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