quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: SOUTHAMPTON


Southampton
Cidade: Southampton

Estádio: St. Mary’s Stadium (32.384 pessoas)

Técnico: Mark Hughes

Posição em 2017/18: 17º

Projeção: Briga contra o rebaixamento

Principais contratações: Jannik Vestergaard (Borussia Monchengladbach), Mohamed Elyounoussi (Basel), Angus Gunn (Manchester City), Stuart Armstrong (Celtic), Danny Ings (Liverpool)

Principais saídas: Dusan Tadic (Ajax), Florin Gardos (Craiova), Jordy Clasie (Feyenoord), Sofiane Boufal (Celta de Vigo), Guido Carrillo (Leganés)

Visitar o St. Mary’s Stadium já foi um dos desafios mais difíceis da Premier League, mas, se você disser isso para um torcedor do Southampton hoje em dia, são grandes as chances de ele rir da sua cara. Os Saints ganharam quatro jogos em casa na última temporada da liga inglesa. E seis na anterior. A gradativa evolução do clube desde que subiu da segunda divisão, seis anos atrás, encontrou um teto em 2015/16, com o sexto lugar sob o comando de Ronald Koeman. Seria difícil ir além, mas a queda foi meio brusca: oitavo, com um time enfadonho comandado por Claude Puel, e 17º, a três pontos da zona de rebaixamento, com Mauricio Pellegrino e Mark Hughes.
A diretoria até que teve bastante paciência com Pellegrino. Demitiu-o apenas em março, a oito rodadas do fim da Premier League, a um ponto e uma posição acima da zona de rebaixamento. O técnico havia conseguido apenas uma vitória nas últimas 17 partidas do Campeonato Inglês e realmente alguma coisa precisava mudar. Mark Hughes, que já havia contribuído para o rebaixamento do Stoke City naquela mesma temporada, foi chamado e conseguiu reverter a situação. Perdeu os três primeiros duelos, empatou com Leicester e Everton, ganhou de Bournemouth e Swansea, e chegou à última rodada torcendo apenas para os galeses não ganharem do Stoke por 10 a 0. Eles perderam por 2 a 1, e o Southampton se salvou. Hughes foi premiado com um contrato de três anos.

O sucesso do Southampton baseava-se na mistura entre talentos formados em casa e achados de mercado. Ambas as fontes secaram nas últimas temporadas, depois de tantas vendas, e as escolhas de treinadores não foram as melhores. Claude Puel e Mauricio Pellegrino podem ter suas qualidades, mas são inferiores a Mauricio Pochettino e Ronald Koeman. Hughes é experiente, mas nunca quebrou a banca. Atestado de que o olho para transferências dos Saints já foi mais apurado é que a contratação mais cara da história do clube, Guido Carrillo, chegou do Monaco em janeiro e já foi despachado por empréstimo para o Leganés.

A saída do argentino é parte da reformulação do elenco. Outros jogadores que atuaram abaixo do esperado também foram embora, como Jordy Clasie e Sofiane Boufal. A perda que será sentida de verdade é a de Dusan Tadic, que foi para o Ajax. O sérvio foi o vice-artilheiro do time na última Premier League com seis gols. A sua frente ficou Charlie Austin, com sete. O atacante sofre para ficar em forma, mas, quando entra em campo, tem uma boa média de bolas na rede. Para não depender dos caprichos físicos, o Southampton buscou Danny Ings, do Liverpool, até o último segundo da janela e conseguiu acertar o empréstimo com obrigação de compra antes das cortinas se fecharem.

O clube trouxe quatro reforços na janela, dentro do seu perfil de buscar negócios diferentes. Desta vez, pode dar certo porque os nomes são interessantes. Jannik Vestergaard chega do Borussia Monchengladbach para ser o pilar que a defesa precisa desde a saída de Virgil Van Dijk. Mohamed Elyounoussi impressionou com a camisa do Basel na Champions League e reforça o departamento de criação. Stuart Aarmstrong veio do Celtic, e Angus Gunn, ex-Manchester City, deve virar o reserva imediato de Alex McCarthy.

O essencial é tirar mais dos talentos que já existem no elenco. O esquema com três zagueiros que Hughes implementou favorece as subidas de Ryan Bertrand e Cédric Soares. Ainda há jogadores como James Ward-Prowse, Mario Lemina, Pierre-Emile Höjbjerg e Nathan Redmond que podem produzir mais. Depois do susto da última temporada, evitar o rebaixamento com folgas e sem sustos já seria um bom resultado para o Southampton.

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