quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: WATFORD


Watford
Cidade: Watford

Estádio: Vicarage Road (21.000 pessoas)

Técnico: Javi Gracia

Posição em 2017/18: 14º

Projeção: Briga contra o rebaixamento

Principais contratações: Gerard Deulofeu (Barcelona), Adam Masina (Bologna), Ken Sema (Östersund), Marc Navarro (Espanyol), Ben Wilmot (Stevenage), Ben Foster (West Brom), Domingos Quina (West Ham)

Principais saídas: Richarlison (Everton), Nordin Amrabat (Al-Nassr), Mauro Zárate (Boca Juniors), Costel Pantilimon (Nottingham Forest)

A família Pozzo, dona também da Udinese e do Granada, é italiana, mas, observando sua abordagem com treinadores de futebol, poderia muito bem ser brasileira. Desde que comprou o Watford, em 2012, dez homens já se sentaram no banco de reservas do Vicarage Road para comandar o time da casa. O último deles, Javi Gracia, sabe que precisa de resultados rápidos para evitar a demissão. Até porque esse tem sido mesmo o modus operandi do Watford nas suas três temporadas de Premier League desde o acesso: começar bem e terminar mal.

Em 14 de outubro do ano passado, o Watford venceu o Arsenal e chegou ao fim da oitava rodada com 16 pontos, seu melhor começou de Campeonato Inglês em 35 anos. Todos adoravam o trabalho de Marco Silva. Uma semana depois, o Everton demitiu Ronald Koeman e o caldo entornou. O clube de Liverpool tentou com muita determinação contratar o português, que gostou das perspectiva de mudar de cidade, mas a diretoria do Watford cortou a história imediatamente. Em seguida, vieram apenas três vitórias em 15 rodadas, e Silva foi demitido, em janeiro, com a diretoria citando a “distração” da proposta evertoniana como um dos motivos.

Gracia foi contratado, somou os pontos que eram necessários para evitar o rebaixamento, e ficou para a temporada seguinte. O profissional de 48 anos teve relativo sucesso com campanhas de acesso na Espanha e deixando o Málaga no meio da tabela. Obteve resultado parecido com o Rubin Kazan, da Rússia, antes de se transferir para a Inglaterra. Ainda não provou que tem algo especial como Marco Silva. Com a saída de Richarlison e sem grandes contratações, o cenário não é o ideal para o Watford.

O investimento de apenas € 24 milhões em reforços é de longe o menor desde que o clube chegou à Premier League, e isso porque os cofres foram abastecidos com a boa venda do brasileiro para o Everton. O maior gasto foi para contratar Deulofeu em definitivo. Ben Foster chegou do West Brom para talvez ser titular debaixo das metas, embora tenha apenas um ano a menos que o brasileiro Gomes. O resto é um monte de apostas, que podem ou não dar certo, por preços módicos: o lateral esquerdo Adam Masina, do Bologna, o meia Ken Sema, do Östersund e o lateral direito Marc Navarro, do Espanyol.

O Watford tem problema nas duas áreas: levou 64 gols, terceira pior defesa, e marcou apenas 44, poder de fogo mediano para a Premier League. Os principais zagueiros estão na casa dos 30 anos e o ataque não foi reforçado. Juntos, os centroavantes Andre Gray, Troy Deeney e Stefano Okaka fizeram 11 gols na liga nacional. O artilheiro foi o meia Abdoulaye Doucouré, com sete, um dos destaques da campanha. A força do time é justamente o meio-campo, onde ele atua com Nathaniel Chablobah, pelo centro, e Deulofeu e Roberto Pereyra mais abertos.

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