Watford
Cidade: Watford
Estádio: Vicarage
Road (21.000 pessoas)
Técnico: Javi Gracia
Posição em 2017/18: 14º
Projeção: Briga
contra o rebaixamento
Principais contratações: Gerard
Deulofeu (Barcelona), Adam Masina (Bologna), Ken Sema (Östersund), Marc Navarro
(Espanyol), Ben Wilmot (Stevenage), Ben Foster (West Brom), Domingos Quina
(West Ham)
Principais saídas: Richarlison (Everton), Nordin Amrabat
(Al-Nassr), Mauro Zárate (Boca Juniors), Costel Pantilimon (Nottingham Forest)
A família Pozzo, dona também da Udinese e do Granada, é italiana, mas,
observando sua abordagem com treinadores de futebol, poderia muito bem ser
brasileira. Desde que comprou o Watford, em 2012, dez homens já se sentaram no
banco de reservas do Vicarage Road para comandar o time da casa. O último
deles, Javi Gracia, sabe que precisa de resultados rápidos para evitar a
demissão. Até porque esse tem sido mesmo o modus operandi do Watford nas suas
três temporadas de Premier League desde o acesso: começar bem e terminar mal.
Em 14 de outubro do ano passado, o Watford venceu o Arsenal e chegou ao
fim da oitava rodada com 16 pontos, seu melhor começou de Campeonato Inglês em
35 anos. Todos adoravam o trabalho de Marco Silva. Uma semana depois, o Everton
demitiu Ronald Koeman e o caldo entornou. O clube de Liverpool tentou com muita
determinação contratar o português, que gostou das perspectiva de mudar de
cidade, mas a diretoria do Watford cortou a história imediatamente. Em seguida,
vieram apenas três vitórias em 15 rodadas, e Silva foi demitido, em janeiro,
com a diretoria citando a “distração” da proposta evertoniana como um dos
motivos.
Gracia foi contratado, somou os pontos que eram necessários para evitar o
rebaixamento, e ficou para a temporada seguinte. O profissional de 48 anos teve
relativo sucesso com campanhas de acesso na Espanha e deixando o Málaga no meio
da tabela. Obteve resultado parecido com o Rubin Kazan, da Rússia, antes de se
transferir para a Inglaterra. Ainda não provou que tem algo especial como Marco
Silva. Com a saída de Richarlison e sem grandes contratações, o cenário não é o
ideal para o Watford.
O investimento de apenas € 24 milhões em reforços é de longe o menor
desde que o clube chegou à Premier League, e isso porque os cofres foram
abastecidos com a boa venda do brasileiro para o Everton. O maior gasto foi
para contratar Deulofeu em definitivo. Ben Foster chegou do West Brom para
talvez ser titular debaixo das metas, embora tenha apenas um ano a menos que o
brasileiro Gomes. O resto é um monte de apostas, que podem ou não dar certo,
por preços módicos: o lateral esquerdo Adam Masina, do Bologna, o meia Ken
Sema, do Östersund e o lateral direito Marc Navarro, do Espanyol.
O Watford tem problema nas duas
áreas: levou 64 gols, terceira pior defesa, e marcou apenas 44, poder de fogo
mediano para a Premier League. Os principais zagueiros estão na casa dos 30
anos e o ataque não foi reforçado. Juntos, os centroavantes Andre Gray, Troy
Deeney e Stefano Okaka fizeram 11 gols na liga nacional. O artilheiro foi o
meia Abdoulaye Doucouré, com sete, um dos destaques da campanha. A força do
time é justamente o meio-campo, onde ele atua com Nathaniel Chablobah, pelo
centro, e Deulofeu e Roberto Pereyra mais abertos.
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