quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Clubes: ARSENAL


A liga mais rica. A mais veloz. Com jogos imprevisíveis e um grupo grande de times que se candidatam ao título. A Premier League entrou na temporada 2018/19 dia 10, sexta-feira, mais uma vez com a promessa de ser um campeonato imperdível: a briga pelo título tende a ser mais quente, clubes grandes como Arsenal e Chelsea passam por mudanças importantes, e o meio da tabela investiu bastante para alcançar o grupo de elite. Sem falar nos promovidos Fulham e Wolverhampton que decidiram chegar à primeira divisão fazendo bastante barulho. Clube a clube, analisamos a temporada passada, as movimentações de mercado e as projecções do próximo Campeonato Inglês. 

Arsenal
Cidade: Londres

Estádio: Emirates (60.000 pessoas)

Técnico: Unai Emery

Posição em 2017/18: 6º

Projeção: Briga pela Champions

Principais contratações: Lucas Torreira (Sampdoria), Bernd Leno (Bayer Leverkusen), Sokratis (Borussia Dortmund), Stephan Lichtsteiner (Juventus)

Principais saídas: Jack Wilshere (West Ham), Santi Cazorla (Villarreal), Per Mertesacker (aposentou)

Com todo o respeito que sua história merece, Arséne Wenger foi embora alguns anos depois do que deveria. O trabalho que o seu sucessor precisa fazer começa com atraso. Desde que foi vice-campeão do Leicester, o Arsenal emendou dois anos fora dos quatro primeiros colocados, e a próxima temporada será a segunda seguida sem Champions League, o que significa menos dinheiro e prestígio. A comparação com a sucessão de Alex Ferguson é inescapável, pelo tempo de casa que ele e Wenger acumularam antes de pedirem seus bonés. Unai Emery tem mais capacidade que David Moyes, inegavelmente, e, ao contrário do colega escocês, não assume o atual campeão da Inglaterra. Logo, há menos expectativas e mais espaço para melhoras. Por outro lado, um time que acabou de ganhar o título é obviamente um ponto de partida melhor do que o sexto colocado da última Premier League.

Será estranho para o torcedor, mesmo o que passou a odiá-lo, não ver Wenger no banco de reservas. Emery merece um voto de confiança. Seus bons trabalhos em Valencia e Sevilla não foram miragens, embora a ambição do Paris Saint-Germain fosse maior que a sua estatura. Se os seus antecedentes de sucessos consistiram em exceder expectativas, o casamento funcionar para o Arsenal, que tem um time bom, mas, na comparação com outros da liga inglesa, terá dificuldades para voltar ao grupo dos quatro primeiros. No contexto atual, parece disputar o posto de quinta força com o Chelsea.

Pela primeira vez em muito tempo, o mercado do Arsenal correu sem grandes dramas, talvez influência da nova estrutura do clube, com o treinador mais focado nos assuntos de campo e diretores conduzindo as transferências. Os nomes são interessantes. Bernd Leno brigará com Petr Cech pela camisa 1. Sokratis e Lichtsteiner acrescentam experiência e um pouco mais de sangue para uma defesa criticada por lapsos de concentração e por ser meio mole. Lucas Torreira pinta como um talento para o futuro, mas já capaz de fazer uma boa dupla de volantes com Granit Xhaka, aliviando o fardo ao volante suíço, um dos mais talentosos colecionadores de cartões amarelos da Inglaterra.

A força do Arsenal começa nesses dois jogadores. Emery pode optar por Aaron Ramsey ao lado de um deles ou mais avançado. O ataque conta com quatro jogadores qualificados, para três posições, ou mesmo para todas, caso o espanhol utilize o 4-2-3-1. Mesut Özil tem alguns pontos a provar depois de uma Copa do Mundo em que foi muito criticado, dentro e fora de campo, e Alexandre Lacazette oscilou de desempenho em seu primeiro ano em Londres. Será a primeira temporada completa de Henrikh Mkhitaryan e Pierre-Emerick Aubameyang. O meia armênio também não foi constante, mas o gabonês rapidamente virou a principal esperança de gols do time, já com 10 em 13 partidas da Premier League.

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