A liga mais rica. A mais veloz.
Com jogos imprevisíveis e um grupo grande de times que se candidatam ao título.
A Premier League entrou na temporada 2018/19 dia 10, sexta-feira, mais uma vez
com a promessa de ser um campeonato imperdível: a briga pelo título tende a ser
mais quente, clubes grandes como Arsenal e Chelsea passam por mudanças
importantes, e o meio da tabela investiu bastante para alcançar o grupo de
elite. Sem falar nos promovidos Fulham e Wolverhampton que decidiram chegar à
primeira divisão fazendo bastante barulho. Clube a clube, analisamos a
temporada passada, as movimentações de mercado e as projecções do próximo
Campeonato Inglês.
Arsenal
Cidade: Londres
Estádio: Emirates (60.000 pessoas)
Técnico: Unai Emery
Posição em 2017/18: 6º
Projeção: Briga pela Champions
Principais contratações: Lucas Torreira (Sampdoria),
Bernd Leno (Bayer Leverkusen), Sokratis (Borussia Dortmund), Stephan
Lichtsteiner (Juventus)
Principais saídas: Jack Wilshere (West Ham), Santi
Cazorla (Villarreal), Per Mertesacker (aposentou)
Com todo o respeito que sua
história merece, Arséne Wenger foi embora alguns anos depois do que deveria. O
trabalho que o seu sucessor precisa fazer começa com atraso. Desde que foi
vice-campeão do Leicester, o Arsenal emendou dois anos fora dos quatro
primeiros colocados, e a próxima temporada será a segunda seguida sem Champions
League, o que significa menos dinheiro e prestígio. A comparação com a sucessão
de Alex Ferguson é inescapável, pelo tempo de casa que ele e Wenger acumularam
antes de pedirem seus bonés. Unai Emery tem mais capacidade que David Moyes,
inegavelmente, e, ao contrário do colega escocês, não assume o atual campeão da
Inglaterra. Logo, há menos expectativas e mais espaço para melhoras. Por outro
lado, um time que acabou de ganhar o título é obviamente um ponto de partida
melhor do que o sexto colocado da última Premier League.
Será estranho para o torcedor,
mesmo o que passou a odiá-lo, não ver Wenger no banco de reservas. Emery merece
um voto de confiança. Seus bons trabalhos em Valencia e Sevilla não foram
miragens, embora a ambição do Paris Saint-Germain fosse maior que a sua
estatura. Se os seus antecedentes de sucessos consistiram em exceder
expectativas, o casamento funcionar para o Arsenal, que tem um time bom, mas,
na comparação com outros da liga inglesa, terá dificuldades para voltar ao
grupo dos quatro primeiros. No contexto atual, parece disputar o posto de
quinta força com o Chelsea.
Pela primeira vez em muito tempo,
o mercado do Arsenal correu sem grandes dramas, talvez influência da nova
estrutura do clube, com o treinador mais focado nos assuntos de campo e
diretores conduzindo as transferências. Os nomes são interessantes. Bernd Leno
brigará com Petr Cech pela camisa 1. Sokratis e Lichtsteiner acrescentam
experiência e um pouco mais de sangue para uma defesa criticada por lapsos de
concentração e por ser meio mole. Lucas Torreira pinta como um talento para o
futuro, mas já capaz de fazer uma boa dupla de volantes com Granit Xhaka,
aliviando o fardo ao volante suíço, um dos mais talentosos colecionadores de cartões
amarelos da Inglaterra.
A força do Arsenal começa nesses
dois jogadores. Emery pode optar por Aaron Ramsey ao lado de um deles ou mais
avançado. O ataque conta com quatro jogadores qualificados, para três posições,
ou mesmo para todas, caso o espanhol utilize o 4-2-3-1. Mesut Özil tem alguns
pontos a provar depois de uma Copa do Mundo em que foi muito criticado, dentro
e fora de campo, e Alexandre Lacazette oscilou de desempenho em seu primeiro
ano em Londres. Será a primeira temporada completa de Henrikh Mkhitaryan e
Pierre-Emerick Aubameyang. O meia armênio também não foi constante, mas o
gabonês rapidamente virou a principal esperança de gols do time, já com 10 em
13 partidas da Premier League.
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